domingo, 31 de março de 2013

Primeiro encontro - O início

Quando se está distraída tudo pode acontecer. É o muro que desaba ou a flor que nasce. É o caos e o alívio. A gente pisca os olhos e o mundo vira pelo avesso... Como pode¿ Foi num domingo que estava mais distraída ,que o comum ,que aceitei um convite. Não parecia a melhor das propostas, a princípio. Eu tinha quase que total certeza que aquele encontro não ia vingar, que o tempo ia passar e eu ia voltar pra casa, pros meus livros, trabalhos, festinhas esporádicas e pro meu confortável mundo. Mas um gesto, aliás, o primeiro gesto, foi o primeiro de tantos outros que mudou a minha concepção. Pensei: “Opa! Talvez eu não saiba tanto assim sobre as pessoas... Talvez eu saiba um pouquinho mais que nada”.
Voltando aos gestos... Eles se apresentaram no seu sentido literal (E as mãos mais lindas que eu já vi). Justo eu, Meu Deus, não muito chegada a exageros me apaixonei pela ousadia que tanto me falta! A forma de mover a cabeça e os braços quando falava, então! “Me belisca! Essa energia é muito forte, fissura minha e eu sei, é dele também! Ele não precisa me falar! Não fazem duas horas que eu o conheço, mas já é o suficiente.”
Quando as mãos foram colocadas em evidência eu tive que prender a atenção nas mesmas e, posteriormente, nos lábios dele. Ele possuía uma excitação dois tons acima, a vida em alguns minutos passou pela minha mente, a agilidade ao falar, mas não foi isso que me impressionou: a rapidez de raciocínio juntamente com o tom de voz adequado aos meus ouvidos. Sim, eu queria ouvir mais daquele desconhecido. Os conhecimentos gerais, pra pouca idade, cultura e valores aparentemente batiam e como me encantavam! Talvez mais umas 500 noites como aquela fossem necessárias. No mínimo...