sábado, 24 de julho de 2010

Solos de Guitarra

Solos de Guitarra

Há uns seis anos, talvez.
Quem se importa com as datas?
Queria apenas deixar um rastro no espaço.

Recordo do sorriso convencido, o boné preto, os conselhos e frases prontas.
Quando achava o cabelo dele engraçado e isso era o suficiente.
Ele dizia que "adorava no presente"...

Acabei por eternizar essa regra,
Fugindo das normas convencionais,
Querendo apenas o presente bem feito e nenhuma mentira a mais.

E ainda teve a fase do “quase”,
As vontades de adolescentes,
E os panos frios dos adultos, depois.

No ritmo sem melodia dos anos apressados,
As peças do tabuleiro estão mudando de lugar,
Hoje somos nós que ensaiamos na vida adulta e com metas vizinhas.(Quem diria?)

Então, pode tocar a música de novo,
Bateu uma curiosa saudade,
Boba...

Racionalizando os fatos,
Como atitude tão bem ensinada e automática,
Peço solos de guitarra, por favor.

Que agora é hora de escrever,
Garoto metido que nunca mais vi,
Por enquanto... Nem tanto!

Deixando claro que certas coisas não mudam.
Dessa vez eu confirmo no escuro,
Ainda te quero junto a mim.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Escrever é como brincar.

Escrever pra quê?

Na infância as brincadeiras têm hora. Quando nos tornamos adultos elas viram bobagens. Sem precisar usar das mesmas da forma como foram um dia, brincar com as palavras é uma forma desnecessária de celebrar a maturidada, deixando os títulos pro final, tornando o viver mais colorido.


Justificativa Sem Título, é claro.

Deixo os clichês pro final,
Prefiro falar a verdade...
Não são nada pra mim!

Pra que escolher o tema,
Quando a vida surpreende
A quem não foge dela?

Tenho a fácil liberdade,
De brincar sem precisar da certeza,
Combinar sorrindo!

Inventando o término...
Escolho uma bobagem,
Quando encontro o título.


quinta-feira, 15 de julho de 2010

Não leve tão a sério... São apenas poemas e textos...


Não leve tão a sério... São poemas, textos, palavras, pura diversão!
" Quem pensa a respeito de si mesmo o tempo todo não leva uma vida suave! "




domingo, 11 de julho de 2010

Equilíbrio dos Pólos: Quando o ritmo existe sem melodia.

Equilíbrio dos Pólos: Quando o ritmo existe sem melodia.

Vou te falar a verdade, pois por mais que tenha aprendido a moldá-la de acordo com o que convém a maioria, ainda faço dela uma direta dependente de mim.

Vou falar pouco, pois mesmo possuindo tantas convicções inacabadas,por assim dizer, idéias que tendem a mudar com o tempo, histórias de um passado interessante e comum pra quem não se apega aos detalhes criados pela ética moderna, ainda assim, prefiro ficar quieta e te ouvir. (Mesmo que você não esteja usando da fala pra isso).

Vou me centralizar num mundinho meu, no planeta nosso e no universo que cabe a todos, na tentativa de manter o equilíbrio apenas. Pois equilíbrio e harmonia juntos me parece chato, pra quem se dá o prazeroso trabalho de escrever o que pensa.

Vou me manter concentrada em dois ou três tópicos fundamentais. Pois pra quem quer pensar mais do que sentir com afeto , muitos tópicos são como promessas de boêmios: Conteúdo interessante e leviano na mesma proporção.

Vou prometer só no que se refere ao prático da vida. Pois do restante presente em nós, já é complicado “há” e “por” anos adentro.

Vou respeitar os estágios, mesmo que nem sempre saiba identificar quando está acabanando ou começando os ciclos, contradizendo as bobagens que já li, dos amores, das metades, do destino...

Serei o que me apresento ao escrever, ao escovar os dentes, fazer as unhas... Sem grandes mudanças, sem mascaras sociais, educada só porque acredito.
Seremos mais que amigos, somente se naturalmente, ao piscar dos olhos dos dois, novamente, identificarmos o carinho que temos por nós mesmos nos olhos um do outro.

Serei apaixonada, porque mesmo escrevendo das discordâncias nossas, ainda assim me amei e sigo me amando, fazendo desse verbo apenas a extensão daquele outro: Viver.

Vou falar a verdade sem esperar promessas, meu amor...

Jurei não contar uma longa história. Então não há definições, previsões, análises... Também não existem mais versos, bonitos ou perdidos. Só o encontro do suspiro disfarçado com o carinho desajuizado.

Contando o que há de melhor no instante simples e precioso, um para o outro, como um conto. Amando e vivendo.... Agora.

domingo, 4 de julho de 2010

Bons Tempos

Bons Tempos

Muitos foram os dias nublados,
Recheados com mistério,
Alimentavam uma vida.

Acostumada com os gritos dele,
Pensava que tais comportamentos
Faziam parte de mim.

Quando olhei para os lados,
Observei, dessa vez com cuidado,
As mudanças do tempo!

As nuvens eram passageiras,
Como tudo de ruim,
Eram poucas pra um céu tão grande.

Com olhos amanhecidos
Conheci o infinito,
Dos caminhos traçados por mim.

(Escrito em 2007.)