domingo, 13 de junho de 2010

Somos Livres e Felizes


Somos Livres e Felizes

Imagina uma figura.
Como uma foto de uma revista qualquer.
A figura de um rosto invertido, bonito, harmonioso.
É uma face aparentemente saudável, jovem e sorridente.
O conjunto perfeito, eu diria.
Mas como tudo na vida que decidimos analisar, dependendo do momento e do dia, nesse caso a simetria do rosto, deixa de existir. Chega a parecer uma piada de mau gosto essa mudança repentina!
Procurando o ar angelical da figura do pedaço de papel plastificado e ainda por cima invertido, notou o nariz grande. Maior que o de costume.
E aqueles belos olhos, antes admirados horas e horas agora estavam um pouco apagados... Ainda esverdeados, parecendo mais pra um verde quase cinza ou um cinza quase verde. A boca sim, estava quase igual da última vez... Quase. Ainda sorrindo era o único “pedaço de rosto” que lembrava alegria naquela imagem. Era um sorriso que apesar de grande passava longe da felicidade que deveria transmitir, era uma expressão de tristeza conformada, espontaneidade robótica, que de tantas vezes que fora ensaiada perdera até a empolgação inicial da farsa enrustida. Fútil.
Então em vez de reclamar da figura da imagem invertida, decida (porque decidir e agir é o mais importante, são os gestos e as atitudes autônomas as responsáveis por si só ) dar meia volta e olhar a figura da imagem, agora não mais invertida, por outro ângulo.
Mas que beleza! O sorriso voltou a ser iluminado, o nariz bonito, a cor dos olhos ainda indefinida, mas um tom esverdeado e encantador. Na verdade, pouco importa a cor dos olhos (nesse caso um mero exemplo), eles são lindos! Exatamente do jeito que são. Está vendo¿ Foram só dois ou três passos para ver a figura por outro ângulo: mais bonito e otimista. O curioso é que a “figura” permanece a mesma, ela não mudou, não foi pintada ou rabiscada. O que aconteceu foi a volta que você deu, porque QUIS, porque decidiu. E o melhor de tudo isso, da mesma forma que DECIDIU mudar de lugar pra enxergar a figura invertida, pode DECIDIR andar de novo e enxergá-la como ela realmente é. Somos livres parar escolher e enxergarmos o que quisermos.Somos felizes por isso também.